EGO

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes
que aqui caleidoscopicamente registro."

(Clarice Lispector)

sábado, 29 de dezembro de 2007

2008 - a brand new year...

O ano acabou. Rever velhos amigos e conhecer pessoas novas foi bom. Ter conseguido alcançar 2 dos 3 objetivos que constavam naquela bendita lista de coisas a fazer em 2007 foi ótimo - importante dizer que os 3 estavam no rodapé, grafados em vermelho. Na verdade, havia uma lista imensa de amenidades em outra parte, mas estas foram todas marcadas com um "x" ao lado.
Amei intensamente. Chorei copiosamente. E mesmo havendo pessoas por quem não vale a pena chorar, foi bom ter convivido com elas. Amadureci. Cada lágrima ou sorriso que brotaram em mim foram intensos.
O melhor de tudo foi me apaixonar. Apaixonei-me por uma pessoa que não conhecia. Apaixonei-me tão loucamente que não pude deixar de olhar nos olhos dela todos os dias: apaixonei-me por mim, pelo reflexo dos meus olhos no espelho, pelas gargalhadas fora de hora, pelo meu mau humor matinal, pelos fios de cabelo branco (nem tanto...), pelos rompantes de loucura, pelo otimismo exagerado, pela minha liberdade incondicional, pela felicidade de ser eu mesma.
Ainda que haja amigos (o plural é apenas um referencial, forma de dizer, não significa que seja mais de um) que preocupam-se comigo a ponto de ligar e dizer que apenas desejam o melhor pra mim, devo dizer que o melhor pra mim é totalmente diferente do que se pode imaginar. Minha felicidade não está no seu mundo ideal. Há pessoas diferentes de você, de mim. Cada um com suas peculiaridades e opções (sexuais, profissionais, pessoais). Just respect me as i am and i will respect you back. "... até eu fui obrigada a me respeitar." So, don't wory. End of discussion.
2008 será ainda mais intenso e mais gostoso. Haverá outros dias de sol, nuvens coloridas em forma de bichinhos e outros zilhões de estrelas para contar. Haverá passeios de mãos dadas (!) e novas descobertas. Haverá outras decepções, outras brigas, outras lágrimas também. Mas e daí? Aprenderei novas línguas (o "paulistês" está na lista... rs), conhecerei outros lugares, publicarei um livro, plantarei uma árvore, ou seja, serei ainda mais feliz...
Para finalizar, um trecho de um texto que encontrei (cuja autoria desconheço):
"Temos que viver com a conseqüência das nossas decisões. E isto é arriscar. Tudo é arriscar. Rir é correr o risco de parecer um tolo. Chorar é correr o risco de parecer sentimental. Abrir-se para alguém é arriscar envolvimento. Expor os sentimentos é arriscar a expor a si mesmo. Expor suas idéias e sonhos é arriscar a perdê-los. Amar é correr o risco de não ser amado. Viver é correr o risco de morrer. Ter esperanças é correr o risco de se decepcionar. Tentar é correr o risco de falhar. Os riscos precisam ser enfrentados, porque o maior fracasso da vida é não arriscar nada. A pessoa que não arrisca, não faz nada, não tem nada e não é nada. Ela pode evitar o sofrimento e a dor mas não aprende, não sente, não muda, não cresce ou vive. Presa à sua servidão, ela é uma escrava que teme a liberdade. Apenas quem arrisca é livre. O pessimista queixa-se dos ventos. O otimista espera que mudem. O realista ajusta as velas."
Um Feliz 2008 àqueles que tiveram a paciência de ler minhas sandices esse ano...
Arrisquem-se!
;)

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