EGO

"Eu não sou promíscua. Mas sou caleidoscópica: fascinam-me as minhas mutações faiscantes
que aqui caleidoscopicamente registro."

(Clarice Lispector)

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

sobre a chuva...

As mansas horas do dia rebentaram em laranja nos dourados campos de trigo.
Nuvens passeadeiras escondiam-se atrás dos verdes morros que cortavam o azul do céu. Era a paisagem perfeita do dia ideal. Mas logo as nuvens enfureceram-se e tornaram-se cinzas, pesadas, graves, ruidosas. E a volumosa torrente morna jorrou do céu.
Homens dançavam e celebravam a chuva sagrada nos campos.
Mal sabiam que o líquido era o gozo divino que escorria sobre a terra.


3 comentários:

E Agora José? disse...

E os deuses sangram sobre nós,e gozam. Hoje, tomei um banho e chuva, me nego a empunhar um guarda-chuva, se os deuses querem compartilhar o seu amor, a sua alegria, eu aceito e sorrio.

I'm Nina, Marie, etc... disse...

Também não gosto de guarda-chuvas... E dias assim sempre acabam encharcando minha alma desse gozo divino...
Que a noite traga consigo mais chuva...

Ricardo Augusto disse...

Pois faço questão de engrossar o coro "pró-chuva". Também gosto de chuva e, se não estiver vestido para alguma ocasião especial, não a evito.
Que bom saber que não sou o único a não me deprimir em um dia chuvoso. :)

Que a chuva caia como uma luva
Um diluvio um delírio
Que a chuva traga alivio imediato